Enviada em: 25/08/2018

Os desafios de garantir a vacinação dos brasileiros não é uma invenção atual:  no ano de 1904, ocorreu a chamada Revolta da Vacina, na qual a população rebelou-se em objeção à obrigatoriedade da vacinação. No Brasil atual, há desafios na garantia da imunização populacional e diante disso, cabe discutir formas para solucionar esse empecilho encontrado.    Primeiramente, é preciso destacar que a tecnologia exerce, através das redes sociais, extrema influência na vida dos brasileiros. Grupos contrários à vacinação surgiram na internet com o intuito de espalhar calúnias acerca desse procedimento, disseminando as famosas "fake news" e, com isso, atraindo diversos simpatizantes à causa. Embora conste no Estatuto da Criança e do Adolescente que a vacinação é um direito dos infantes, muitos pais aliaram-se ao movimento antivacina em razão de relatos sem nenhum embasamento científico sobre possíveis efeitos colaterais.    Além disso, há uma falta de investimento na saúde pública no país e isso juntamente com a falta de recursos e infraestruturas em diversos lugares do país, principalmente os meios rurais, traz grandes desafios para a vacinação dos brasileiros. Segundo o Ministério da Saúde, mais de trezentos municípios brasileiros não foram capazes de vacinar metade das crianças contra a poliomielite, doença que apresentou em 2016 grave redução em relação à cobertura vacinal. A situação precária dos postos de saúde e o desabastecimento de vacinas implicam na conjuntura atual.    Fica claro, portanto, que medidas precisam ser tomadas. Cabe, então, ao Poder Legislativo, por meio da elaboração de uma lei, tornar obrigatória a apresentação do cartão de vacinação na matrícula escolar para que os pais sejam estimulados a vacinar seus filhos. Em suma, o Ministério da Saúde deve intensificar o monitoramento das "fake news" e a mídia pode realizar uma campanha de alerta às notícias falsas, mediante a publicação de vídeos que ensinem a verificar a notícia antes de repassar a fim de que o brasileiro pare de ter um sedentarismo intelectual em não verificar a fonte da notícia.