Desde de o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa os desafios para garantir a vacinação, no Brasil, atualmente, verifica-se que esse ideal é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligado à realidade do país. Nesse sentido, convém analisar os fatores que levam a dificuldade da resolução do problema. Primeiramente, é indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas. De acordo com o filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio na sociedade seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a PEC 241 rompe com essa harmonia, haja vista que ela congela os gastos governamentais e por consequência menos dinheiro é disponibilizado para a área de saúde, propaganda e conscientização .de vacinas. Outrossim, destaca-se o aumento da circulação de notícias falsas sobre vacinas como impulsionador do problema. Uma das piores educações do mundo somado ao aumento das falsas informações sobre vacina, fazem um ótimo desserviço à vacinação do país constatado pelos dados da PNI - Programa Nacional de Imunização - que informam sobre a dificuldade de vacinar e a pior taxa de vacinação em crianças em 12 anos. Concluindo, as fake news amplamente divulgadas, principalmente entre pessoas com menor formação acadêmica, como por exemplo que vacinas causam autismo, acabam gerando um temor desnecessário nessa nova geração. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a melhora da saúde pública. Destarte, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por médicos e cientistas,de modo que discutam os problemas da não vacinação a fim de que os desafios para a solução da problemática seja amenizada. Assim, a política finalmente buscará o equilíbrio idealizado pelo filósofo grego.