Enviada em: 31/08/2018

Desde o século XIV, com a peste negra, até o século XXI, com a gripe suína, é possível observar a fragilidade do ser humano se exposto à bactérias, vírus ou outros agentes causadores de alguma patologia. Tal fragilidade regressou em meados do século XVIII com o surgimento da vacina, que funciona como um mecanismo de estímulo a resposta imunitária do corpo à patologia por ela tratada. Infelizmente, após anos de investimentos para a efetivação de uma agenda de vacinação no sistema de saúde brasileiro, surgem inúmeros desafios que entravam a distribuição e garantia das vacinas na sociedade brasileira.  Nos últimos anos, no exterior, houveram preocupantes "fake news", em relação às vacinas, que foram compartilhadas em redes sociais no mundo todo. No Brasil, essas notícias foram capazes de conquistar alguns apoiadores e gerar, assim, um movimento "antivacina", o qual apoiava-se nas falsas reações que as mesmas causariam, entre elas estariam tumores e o autismo. Lamentavelmente, tal movimento foi capaz de neutralizar parte da campanha de imunização do governo e de diminuir o contingente populacional que estaria protegido de doenças como febre amarela, tétano e sarampo, além de deixar a população mal informada sobre os reais objetivos da vacinação.  Além disso, a falta de responsabilidade da população em colocar as vacinas em dia, somada com as poucas horas de atendimento dos insuficientes postos de saúde também gera um enorme obstáculo para garantir a vacinação da população. Os índices do Programa Nacional de Imunização mostram um número de mais de 10 milhões de vacinas não efetivadas na população-alvo, número que vem aumentando nos últimos anos e preocupando o Ministério da Saúde, já que os adultos acabam desprezando as campanhas de convocação para as vacinas colocando em risco a vida alheia e suas próprias vidas.  Deste modo, são necessárias medidas que corroborem com a atenuação dos desafios que existem na garantia da vacina aos brasileiros. Por isso, é imprescindível que o Ministério da Saúde projete estatísticas nas mídias sociais que comparem as taxas de doenças no mundo "pré-vacina" e no mundo "pós-vacina", com o objetivo de demonstrar que diversas doenças potencialmente fatais como: varíola, tétano, rubéola e caxumba voltaram a crescer em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil, e que tal crescimento deve-se, em sua maior parte, a incongruentes movimentos que são contrários à vacinação.