Enviada em: 07/09/2018

Durante o século XX, no Rio de Janeiro,  houve diversos confrontos entre a população do Rio e o Governo. O motivo do descontentamento era a campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a varíola, provocando a Revolta da Vacina. No entanto, hodiernamente, apesar dos avanços alcançados na área da saúde, doenças graves, que até pouco tempo estavam controladas, voltaram a assombrar as famílias brasileiras, seja pela negligência destes, bem como o excesso de informações.   Em primeira análise, evidencia-se que a população brasileira tem ignorado a importância das vacinas. Assim, como muitas doenças deixaram de ser frequentes, a preocupação com elas também desapareceram em muitas residências. Conforme pesquisa levantada pelo laboratório farmacêutico GSK, em 2017, cerca de 53% dos indivíduos não priorizam a vacinação como uma forma eficaz de prevenção. Por consequência,  doenças como sarampo  e poliomielite reaparecem, podendo levar a paralisia, cegueira ou mesmo à morte.   Vale ressaltar, ainda, que a grande quantidade de informações a qual o ser humano tem acesso, no cenário moderno, também contribui para o desafio da vacinação. Segundo o sociólogo francês Jean Baudrillard, vivemos em um mundo onde há cada vez mais informações e menos sentido. De maneira análoga, muitas pessoas são enganadas por notícias falsas e grupos anti-vacinas, os quais não possuem nenhum respaldo científico. Logo,  leva à insegurança na sociedade.   É indubitável, portanto, que a população precisa ser conscientizada, com urgência. Em razão disso, as escolas deve fazer reuniões com os pais e debates com os estudantes, sob a participação de profissionais da área da saúde, com o intuito de elucidar as massas e mostrar à comunidade os benefícios da vacinação. Ademais, cabe a mídia social, criar algoritmos que possam reconhecer e deletar notícias falsas, principalmente sobre a vacina, a fim de reduzir a desconfiança na esfera social, e, consequentemente, aumentando o número de vacinados. Dessa forma, os indivíduos poderão ter um melhor senso crítico, acabando com a negligência contra a saúde.