Enviada em: 26/10/2018

Segundo o filósofo Sêneca, é parte da cura o desejo de ser curado. Nesse sentido, é notável uma baixa recepção ao conceito de vacinação, perceptível na diminuição do número de vacinados e no aparecimento de surtos, como o de sarampo no Brasil. O lamentável desconhecimento, através de pesquisas duvidosas, em relação a associações de vacinas e ao surgimento de doenças, como o autismo, torna-se um empecilho  na medida em que o número de mortes e enfermidades cresce porque a prevenção não foi efetivada.   Em um contexto histórico, pela ínfima divulgação de conhecimento e a não desconstrução de mitos eventos como a Revolta da Vacina em 1904 não foram evitados, bem como o alastro da tese de Roger Wakefield, de 1998, da associação da vacina Tríplice Viral com o autismo, e que permanece presente nos movimentos antivacinais atuais, a qual não apresenta corroboração científica. Logo, esse desconhecimento produz na sociedade concepções errôneas a respeito do papel diligênte e de preservação da saúde que as vacinas contêm.   Além disso, a falsa sensação de que não se está mais suscetível a adquirir certas doenças - erradicadas ou com pouca incidência - esta instrinsecamente associado a queda de indivíduos imunizados. Essa  situação abjeta, em conjunto com a insciência acerca dos integrantes do Calendário Nacional de Vacinação e, aliado ao medo de que a imunização seja prejudicial ao organismo, são caracterizadas como uma grave falha na saúde pública, relacionado à deficiência ou até mesmo a não realização tão frequente de divulgações governamentais através da mídia.   Urge, portanto, que o Estado, mediante o Ministério da Saúde, invista em propagandas esclarecedoras, em relação a vacinação; e desmistificantes na medida em que desassociam a imunização a outras doenças não correlatas . É imprescindível, ainda, o aumento, por meio do governo, no investimento em campanhas nas regiões fronteiriças e mais vulneráveis, no intuito de restabelecer índices aceitáveis e mínimos para uma prevenção efetiva.