Enviada em: 28/09/2018

A vacinação obrigatória surgiu na Brasil durante a República Velha. A população resistiu a essa lei e começou a Revolta da Vacina, que ocorreu em 1904. Hoje, no mundo, esse tipo de resistência tem ganhado força, principalmente em países europeus e os Estados Unidos. Essa recusa à vacinação tem feito com que doenças já eliminadas no país, retornem. Além disso, a crise política atual afeta os programas responsáveis por campanhas.       Em decorrência da resistência às vacinas, novos casos de doenças já erradicadas no país, como o sarampo, apareçam. Essa doença tem aparecido principalmente nas fronteiras, fato relacionado à chegada de imigrantes de lugares onde ela ainda persiste e também pela falta de vacinação da população brasileira. Segundo o Programa Nacional de Imunização, apenas 60% da população vacinou-se no primeiro semestre de 2018, enquanto o ideal seria 35% a mais.       Além disso, a crise política no Brasil afeta as campanhas de vacinação. Uma parte maior do orçamento vai para os já afetados pelas doenças, e uma menor para a prevenção delas. Em 2017, as ações preventivas foram, principalmente, feitas nas redes sociais, e apesar da maioria da população conseguir acessá-las, uma parte, no entanto, não as tem.     Portanto, o Ministério da Saúde deve investir em campanhas físicas, como folhetos e cartazes, e midiáticas, na televisão e redes sociais, nas quais o conteúdo aborde informações com uma certa urgência, usando de dados e fatos conhecidos, de forma que convença o leitor ou telespectador de que a vacinação é essencial e uma ação coletiva, e que os imigrantes não devem ser culpados, já que cada um tem o dever de cuidar da própria saúde.