Enviada em: 03/10/2018

No começo do século XX, o sanitarista e chefe da Diretoria de Saúde Pública Oswaldo Cruz afirmou que combateria as doenças que assolavam o Rio de Janeiro e todo o país e exterminaria a febre amarela em três anos, e assim fez. Contudo, essa ação causou grande indignação popular devido à vacinação obrigatória e à violência contra a população, surgindo desafios para a imunização integral do povo brasileiro. Nesse âmbito, pode-se analisar que essa problemática persiste por ter raízes históricas e ideológicas, causada pelo baixo investimento governamental na área da saúde e por uma população pouco informada.  Em primeiro lugar, é válido ressaltar que mesmo com o aumento dos recursos para campanhas de vacinação em 60% de 2015 para 2017, houve uma queda na cobertura vacinal, principalmente infantil, no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Por conseguinte, nota-se que o investimento ainda é baixo, pois faltam vacinas nos postos constantemente, e as campanhas de vacinação apenas são frequentes quando há o surto ou a reemergência de alguma doença. Assim, é preciso a interrupção na negligência do governo nessa área.  Outrossim, ainda há hesitação no meio social em relação à efetividade da vacina, isso porque as pessoas não são bem informadas e estão presas em crenças e fatos históricos do passado, como a Revolta da Vacina. Como consequência, idosos e adultos deixam de se vacinar e os pais fazem o mesmo com os filhos. Tais fatos podem ser solucionados com campanhas governamentais.  Destarte, percebe-se que a garantia da vacinação no país nunca foi completamente alcançada, e quando se aproximou disso, provocou revoltas. Logo, urge-se que o Ministério da Saúde invista na adquirição de vacinas suficientes para os postos, de modo que a população tenha acesso. Além disso, é preciso que o Governo e o Ministério da Saúde façam campanhas de vacinação, usando meios midiáticos para informar e conscientizar o povo sobre a importância da vacina.