Enviada em: 12/10/2018

Em 1904 ocorreu a Revolta da Vacina, um movimento popular contra as atitudes do governo em obrigar a população a se vacinar, tal processo passou-se no Rio de Janeiro, onde era a capital do Brasil. Percebe-se, na atualidade, um crescente aumento dos movimentos anti vacinas e consequente dificuldade em imunizar a população brasileira. Nesse sentido, tornam-se passíveis de discussão os desafios para garantir a vacinação dos brasileiros.       Em primeira análise, destaca-se a repercussão dos movimentos anti vacinas e consequente medo dos pais em vacinar seus filhos com a tríplice viral. Visto que, em 1998 um médico publicou um artigo acusando tal vacina de causar o autismo, e somente anos mais tarde descobre-se o artigo como não confiável. Deste modo, o número de vacinados diminuiu, ocorrendo assim, uma elevação nos casos de sarampo e poliomelite. Nesse sentido, enfatiza-se a declaração do Estatuto da Criança e do Adolescente, no qual diz ser obrigatória a vacinação de crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.  Em consequência da não vacinação, enfrenta-se os riscos de epidemias e coloca em risco o bem estar de uma população.       Além disso, evidencia-se a vacinação como uma questão de bioética, sendo um ato de responsabilidade coletiva e do Estado. Embora desde 1973 exista o calendário de vacinação, no qual consta as vacinas necessárias, as doses e os períodos a se tomar, há uma irresponsabilidade do governo em garantir a eficácia de tal calendário. Ademais, se faz necessário ressaltar que a vacinação é o método mais eficaz da história da medicina desde que atinja a imunização de 95% da população. No entanto, com a inoperância do estado os pais enfrentam dificuldades ao levar seus filhos aos postos de saúde, pois se deparam com a falta de materiais ou ainda com os portões fechados, uma vez que o horário de funcionamento geralmente coincide com o de seus empregos.        Torna-se evidente, portanto, a necessidade de políticas públicas eficazes na vacinação dos brasileiros. Deste modo, o Ministério da Saúde (MS), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, deveria promover campanhas de vacinação a serem divulgadas nas redes sociais e nas mídias televisivas a fim de informar a população sobre os benefícios da vacinação em dia. Além disso, o MS deveria promover o funcionamento dos postos de saúde em horários especiais no fim de semana, durante alguns meses do ano, visando garantir a vacinação de crianças cujos pais trabalham nos demais dias. Nessa conjuntura, importantes avanços seriam concebidos ao país.