O mito da caverna, de Platão, descreve a situação de pessoas que se recusavam a observar a verdade em virtude do medo de sair de sua zona de conforto. Fora da alusão, a realidade brasileira caracteriza-se com a mesma problemática no que diz respeito aos desafios para garantir a vacinação. Nesse sentido, é preciso que estratégias sejam aplicadas para alterar essa circunstância, que possui um legado histórico e a falta de conhecimento. Em primeiro plano, é preciso atentar para o legado histórico presente na questão. De acordo com o pensamento de Claude Lévi-Strauss, só é possível interpretar adequadamente as ações coletivas por meio do entendimento dos eventos históricos. Nesse sentido, os desafios para garantir a vacinação dos brasileiros, mesmo que fortemente presente no século XXI, apresentam raízes intrínsecas à história brasileira, como por exemplo, a Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro, no início do século XX, fator que dificulta ainda mais sua solução. Outro ponto relevante, nessa temática, é a falta de conhecimento da população. Nesse sentido, o filósofo Schopenhauer defende que os limites do campo de visão de uma pessoa determinam seu entendimento a respeito do mundo. Isso justifica outra causa do problema: se as pessoas não têm acesso à informação séria sobre vacinação, sua visão será limitada, o que torna um desafio à sociedade. Logo, medidas estratégicas são necessárias para alterar esse cenário. Para que isso ocorra, o MEC juntamente o Ministério da Cultura, devem desenvolver palestras em escolas para alunos, pais e funcionários, a serem webconferênciadas nas redes sociais desses órgãos, por meio de entrevistas com especialistas no assunto, com objetivo de trazer mais lucidez sobre o tema. Além disso, nesses eventos, é preciso discutir a importância da vacinação para os cidadãos, a fim de erradicar esses desafios. Por fim, é importante que o povo brasileiro se encare como responsável pelo problema, pois, de acordo com Platão, o primeiro passo para mover o mundo é mover a si mesmo.