Enviada em: 03/09/2018

Ao atuar como uma das três lei newtonianas, a lei da inércia afirma que um corpo tem tendência a permanecer em constante repouso ou movimento retilíneo e uniforme, até que efetue sobre ele uma força de intensidade suficiente para a mudança de seu percurso. Sob esse viés, o precário saneamento básico brasileiro é um problema que persiste na sociedade. Logo, representa um desafio a ser encarado de forma mais expressiva pela população. Com isso, em vez de atuar como a força suficiente para a mudança desse, a ineficiência das leis quando somada à desigualdade social, contribuem diretamente para a intensificação de tal problema no Brasil.      A princípio, é indubitável que a ineficiência das leis seja uma das principais influenciadoras para a acentuação da precária higiene básica dos cidadãos. Isso se da devido à forte negligência do Governo quanto à legislação que, deveras, é considerada falha, haja visto que muitas das leis estão presentes apenas no papel e não no factual. Infelizmente, algo inaceitável, visto que em um Estado como o brasileiro, com a exacerbada arrecadação de impostos, esses não sejam reaplicados para saciar os anseios da população.      Considera-se também, a desigualdade social como uma importante impulsionadora do problema no corpo social. Isso se da, pois, de acordo com o importante romancista brasileiro Ariano Suassuna, o Brasil de hoje é dividido em dois países distintos: o dos privilegiados e o dos despossuídos. Tal conceito condiz com a realidade, tendo em vista que, os privilegiados, em sua minoria, 47%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  (IBGE), detém de mais direitos que a maioria. Algo inadmissível, se considerado que o conceito de país justo, não é posto em prática, nem mesmo respeitado.      Torna-se, portanto, evidente que ainda existem entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um Brasil melhor. Diante disso, é dever do Governo, por meio de investimentos na legislação, aumentar a rigorosidade da fiscalização, a fim de que não só haja uma melhora significativa para a população, mas também todos se sintam privilegiados. Ademais, é necessário que o Ministério da Educação (MEC) fomente nas instituições escolares, campanhas e palestras que discutam o combate à desigualdade social, a fim de promover um maior nível de homogeneidade entre os indivíduos. Tais ações agirão como a força suficiente para a transfiguração de rota do impasse.