Enviada em: 06/09/2018

No século XX, ocorreu a Revolta da Vacina, na qual, o governo vacinou a população a força para conter a proliferação da varíola ocasionada pela precariedade do saneamento básico no Rio de Janeiro. No Brasil vigente, a situação do saneamento básico persiste do mesmo modo do século passado que deve ser combatida para o progresso da nação. Contudo, a tal problemática cresce, seja a poluição relacionada à ação antrópica ou pelo descaso do governo relacionado ao tratamento do esgoto.       É inquestionável que população aumenta ao passar dos anos, o mesmo acontece com a sua produção de lixo. Para o sociólogo contemporâneo Zygmunt Bauman, vivemos em tempos líquidos, uma sociedade que não pensa a longo prazo e adapta-se facilmente com as objetividades do pós-moderno. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, boa parte da sociedade joga tanto o lixo, como também resíduos sólidos em locais inadequados, de modo que esses materiais irão entupir os bueiros, e poluir os rios. Dessa forma, o entupimento acarreta alagamentos nas cidades que deixa água parada, de forma que se transforma em locais apropriados para reprodução de mosquitos vetores de Dengue, Malária e Zika que podem levar à morte.       Outrossim, outro problema é a falta de compromisso do governo com o tratamento de esgoto. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado  na sociedade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que as políticas públicas relacionadas ao tratamento de esgoto rompe com essa harmonia, haja vista que quantidade muito grande dos rejeitos são despejados nos mananciais de maneira irresponsável, de modo que leva à água dos mananciais ao processo de eutrofização, ou seja, a matéria orgânica depositada acarreta a proliferação de algas e plantas aquáticas que consomem o oxigênio dos rios e matam a fauna e flora.       Infere-se,portanto, que medidas devem ser tomadas para reverter a situação. Logo, urge ao Ministério do Meio Ambiente e a mídia, devem confeccionar propagandas relacionadas ao descarte de lixo em locais inapropriados que ocasiona alagamento, queda de energia, poluição das águas e transforma-se em lugares favoráveis para reprodução de vetores de patologias graves, bem como Dengue, Malária, Zika vírus e Calazar, a fim de orientar os brasileiros para evitarem jogar seus lixos em locais errados. Ademais, os Ministérios da Meio Ambiente, Planejamento e Fazenda, devem fazer levamentos tanto dos locais que necessitam de obras urgentes de saneamento, como também das verbas para começar essas obras em caráter de urgência, com o propósito de mudar gradativamente a herança histórica dos investimentos no saneamento básico.