Embora a água tratada atinja mais de 80% da população, o percentual de esgoto coletado e tratado deixa muito a desejar, pois o primeiro contabiliza pouco mais de 50%, enquanto o segundo meros 45%. Assim, o saneamento básico persiste como um encalço rumo ao pleno desenvolvimento. E, tanto as dimensões geográficas amplas quanto a má gestão de recursos públicos são contribuintes dessa situação. Em um primeiro plano, por tratar-se de um país com proporções continentais, o Brasil enfrenta dificuldades em viabilizar esses serviços para todo o território. Por isso, e também por apresentar um modelo governamental em que os recursos estão mais centralizados-no chefe do executivo, os estados e municípios não possuem tanta autonomia, o que facilitaria o processo por se situarem mais próximos ao problema. Embora em contextos diferentes, uma situação análoga enfraqueceu o Império Romano, onde, devido a larga expansão, por falta de comunicação e recursos, emergiam problemas longínquos ao poder central.