Enviada em: 01/10/2018

A necessidade de se agrupar em sociedade é intrínseca ao ser humano e é um bem fazê-lo, assim pensava Aristóteles. Com isso, surgiram os primeiros povoados e evoluíram até chegar as cidades modernas que conhecemos hoje. Concomitantemente, sobreveio a necessidade de universalizar a água, para as necessidades básicas, tratá-la de formar adequada e, principalmente, bem manejar o lixo, que, no século XXI, é exacerbado. Contudo, no Brasil, é precária o planejamento e execução dessa finalidade, especialmente, nas áreas afastadas dos grandes centros.   É indubitável que a concentração de recursos, arrecadado com impostos, concentrado na instância Federal é uma das raízes do problema, haja vista que o município é onde está a população e que precisa desses serviços. Basta ver o Plano Nacional de Saneamento Básico que exige dos gestores das cidades a adequação ao plano sem lhe dar o incentivo financeiro necessário para efetuá-lo de forma correta.   Em consequência disso, os municípios ficam limitados, não podendo desenvolver tecnologias que diminuam a precariedade do saneamento. Criando, assim, um ciclo vicioso, onde o administrador fica dependente muitas vezes de emendas de deputados e senadores, que por sua vez não são o suficiente, tendo em vista que os parlamentares tem de destinar a outras áreas também.   Em virtude dos fatos mencionados, o Congresso Nacional, por meio dos seu membros, deve fazer uma inversão da pirâmide dos impostos arrecadados, ou seja, fazer com que o município seja maior beneficiário da maior parte do imposto arrecadado, pois é onde está a população, exigindo que cada município faça seu plano de saneamento básico de acordo com a sua realidade, vivendo os munícipes, portanto, mais e com qualidade de vida. Assim, estará certa a premissa do filósofo grego que é um bem viver em sociedade.