Saneamento básico é considerado como o conjunto de infraestrutura necessária para adaptar o ambiente às condições adequadas de saúde, qualidade de vida e preservação ambiental em uma região. No entanto, no Brasil é perceptível a precariedade do sistema sanitário, que não é acessível a todos os brasileiros. Assim, diante de um cenário de desafios, constata-se a urgência de melhorias no saneamento básico do país. Dentre os fatores que implicam como um obstáculo na consolidação de um saneamento básico eficiente no Brasil está a desigualdade regional em relação ao acesso ao setor sanitário. Enquanto, o estado de São Paulo dispõe de uma ampla infraestrutura de saneamento, o Amapá apresenta baixos índices de desenvolvimento dessa infraestrutura. Essa discrepância também é perceptível nos centros e periferias das grandes cidades e pode ser reflexo da falta de planejamento urbano. A ineficácia da gestão nas companhias de saneamento e a falta de qualidade técnica também podem ser citados como empecilhos para o avanço do saneamento básico brasileiro. As companhias de saneamento devem oferecer aos cidadãos um sistema de abastecimento de água, tratamento e coleta de esgoto, coleta e destinação de resíduos sólidos, drenagem de águas pluviais e limpeza urbana. Mesmo diante da lei de 2007, que prevê a regulamentação de melhorias na oferta desse serviço, e diante do Plansb (Plano Nacional de Saneamento Básico), o Brasil ainda precisa de progredir visto que segundo dados da SNIS (Sistema Nacional de Informação de Saneamento) referentes ao ano de 2015, ainda tem 100 milhões de brasileiros sem coleta de esgoto. Tendo em vista o quadro precário do Brasil faz-se necessário mais investimentos e comprometimento por parte dos órgão federais, estatais e municipais. Além disso, a população pode ser mobilizar a fim de reivindicar pela oferta de um saneamento de qualidade por questões sociais, ambientais, econômicas e de saúde. Portanto, a garantia do acesso a esse direito básico pode beneficiar o desenvolvimento do país em várias áreas.