Enviada em: 09/10/2018

No século XIX, período monárquico brasileiro, os dejetos eram descartados ao ar livre, o que sujava as ruas e prejudicava a qualidade de vida das pessoas. Similarmente, alguns problemas- como o pouco acesso da população a serviços de saneamento e as doenças geradas por essa situação- ainda são obstáculos que precisam ser superados.   Em primeiro lugar, observa-se que o saneamento básico ainda não é garantido para grande parte dos brasileiros. De acordo com o Instituto Trata Brasil- ITB -, 45% da população não está coberta pela rede de esgoto e água tratada. Ainda segundo o ITB, os indivíduos que vivem em regiões periféricas são os mais afetados por essa situação. Nesse contexto, milhares de pessoas convivem diariamente com esgotos a céu aberto e com água sem qualidade. É preciso, pois, resolver esse dilema.  Ademais, a saúde dos indivíduos é lesada pela falta de acesso a esses elementos fundamentais. Segundo a OMS- Organização Mundial da Saúde-, várias enfermidades graves podem ser contraídas pelo contato com o esgoto e com a água sem tratamento adequado, como a hepatite. Além disso, conforme a Organização, os países que mais investem na área de saneamento são aqueles que apresentam menor índice de doenças relacionadas ao cuidado primário da saúde, que engloba o tratamento desses fluidos. Portanto, é preciso que essa problemática seja solucionada.   Dessa forma, é fundamental que soluções sejam encontradas para resolver esse entrave. Primeiramente, o Ministério do Desenvolvimento e as secretarias municipais, órgãos autorizados a construir obras, devem ampliar a rede de esgoto no país mediante destinação de verba para as áreas mais necessitadas, com o objetivo de minimizar os problemas decorrentes da falta de saneamento. Outrossim, é essencial que a Agência Nacional das Águas, por meio de fiscalizações nos centros de tratamento, verifique o estado da água que abastece a população, a fim de assegurar uma maior qualidade dela. Assim, esse dilema, que ainda remonta ao período Monárquico, poderá deixar de existir.