Enviada em: 13/10/2018

Para a Organização Mundial da Saúde, a cada real investido em saneamento, nove são economizados em saúde, devido à profilaxia de doenças ligadas ao tratamento de água e esgoto. No entanto, há dificuldades para melhorar essa política pública no Brasil em razão da indiferença do Poder Público e da cultura anti-ambiental da nação.       A princípio, um empecilho para o país possuir saneamento de qualidade é a negligencia do Estado. Sob a perspectiva de Maquiavel, em seu livro "O príncipe", o governante deve fazer o que for necessário para permanecer no poder. Com isso, sendo os sistemas de esgoto e tratamento de água pouco visíveis para a população, é comum que os políticos brasileiros destinem recursos para outras projetos menos urgentes em troca de notoriedade, para assim, segundo um olhar maquiavélico, serem reeleitos.        Outro aspecto que também afeta a política pública citada, é a violência contra ativistas ambientais culturalmente aceita no país. Segundo um estudo divulgado na revista Radis, o Brasil é o país que mais mata militantes da causa. Assim, além da necessidade de investimento em saneamento básico é necessário que a esfera civil reconheça sua importância.       Fica evidente, portanto, a necessidade de desenvolver medidas que superem os obstáculos para a melhoria do saneamento básico. Dessa forma, cabe aos movimentos socialmente organizados promoverem simpósios, abertos ao público, sobre os problemas supracitados na cidades brasileiras, em horário noturno - o qual a população adulta tem maior disponibilidade, para que o público atingido, por conseguinte, conscientize-se, e possa pressionar o poder público para investir na área.