Enviada em: 11/10/2018

Profilaxia nos esgotos      Promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à saúde e ao bem-estar social. Conquanto, os desafios para melhorar o precário saneamento básico brasileiro impede que a população desfrute desse direito universal na prática. Nessa perspectiva, nota-se a ameaça à saúde dos brasileiros e o neglicenciamento das políticas públicas de saneamento básico como problemas que devem ser superados de imediato para que uma sociedade integrada seja alcançada.        É indubitável que, no contexto do século XIV, a falta de saneamento na Europa foi a causa principal da a peste negra. Infelizmente, ainda no século XXI, o Brasil enfrenta sérios problemas quando o assunto é saneamento e aterros sanitários, o que influencia na saúde da população. De acordo com o Instituto Trata Brasil, o país ainda joga 55% do esgoto coletado na natureza e quase 20% da população não tem acesso a água tratada. Cabe ao governo mudar esse quadro, já que, é uma ameaça à saúde pública e à profilaxia de doenças como a febra amarela, malária, zica, elefantíase e etc, afinal, como disse o filósofo estadunidense Ralph Waldo, "A maior riqueza é a saúde".          Faz-se indispensável, ainda, salientar o negligenciamento das políticas públicas de saneamento básico como um problema vigente. Sabe-se que, caso os brasileiros soubessem da falta de compromisso do governo com planos de saneamento, como o Plano Nacional de Saneamento Básico, a pressão popular poderia gerar um aceleramento satisfatório. Essa situação ignóbil está relacionada a inexistência ou incipiência de políticas públicas que visem informar a população dos resultados malfazejosos da falta de saneamento básico na nação.         Pela observação dos aspectos analisados, faz-se necessário que o Estado, por seu caráter abarcativo, em união à Organização Mundial da Saúde (OMS) promova uma campanha, que se chamaria "Brasil 100% saneado". Nela, médicos e ambientalistas dariam palestras em escolas e universidades e participariam de propagandas midiáticas, relatando as graves consequências da falta de saneamento para todos os brasileiros e, ainda, incentivando a população a pressionar o governo para dar continuidade aos planos de saneamento do país. Além disso, a campanha poderia reservar um terço da verba destinada à saúde para o aceleramento dessa medida medida profiláxica, logo, essa ameaça constante à saúde poderá ser combatida.