Enviada em: 14/10/2018

Na idade média, a população da Europa tinha um consumo de água de apenas um litro por habitante, diariamente. O saneamento foi ineficiente provocando proliferação de doenças e epidemias, como a cólera e a peste negra que dizimou 1/3 da população Européia. Na contemporaneidade, 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada vivem em situações precárias violando a dignidade e o direito básico humano, reintroduzindo  doenças erradicadas.    Evidentemente, observa-se um retrocesso no setor de saneamento do país de acordo com dados da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental das Cidades o investimento em saneamento é o menor dos últimos 6 anos uma redução de 23% em investimento no setor. Consequentemente provoca uma regressão ocasionando reflexos prejudiciais para a saúde pública e o meio ambiente. De fato, tal descaso se dá devido a falta de atenção e descumprimento de direitos fundamentais e sociais que precisam ser protegidos e colocados em pratica, perfil característico de países subdesenvolvidos. Um exemplo desse descaso é o descarte de lixos em locais inadequados, esgotos que são despejados na natureza causando poluição, destruição do meio ambiente e provocando desequilíbrios climáticos e  ambientais favorecendo o surto de doenças como a Febre Amarela e a Dengue que atingiu o Brasil e causou centenas de mortes.    Outros desafios enfrentados pelas famílias que não possuem acesso ao saneamento são a precária  condição de vida em áreas de chão de terra, esgotos sem tratamento, mau cheiro e inundações em época de chuva. Ou seja, provocando o alto índice de diarréia, desnutrição e leptospirose entre crianças de 0 a 5 anos elevando os números de internações hospitalares e mortes evitáveis. Em suma, investir em saneamento é economizar na saúde púbica quanto mais acesso a saneamentos menos expostas as pessoas estão a doenças. Com efeito, foi criado o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) através de consultas públicas e aprovação dos ministérios com objetivo de universalizar o acesso ao serviço nos próximos 20 anos e levar para essa população que vive em extrema pobreza água potável, limpeza urbana e dignidade. Por outro lado, a falta de planejamento, deficiência na gestão,  investimento insuficiente e o descaso do poder público são obstáculos que precisam acabar .   Logo, é necessário que o Ministério da Cidade, em parceria com o ministério da saúde, do planejamento e meio ambiente juntamente com o setor privado proporcione a essa população excluída o acesso aos direitos básicos, mediante a fiscalização e suporte. É imprescindível que a população exija do poder público a execução dos projetos garantido a todos o acesso a tais direitos por meio da prestação dos serviços, priorizando  essa população que ainda sofre com problemas do século XIX.