Enviada em: 15/10/2018

No Brasil, a precária rede de saneamento básico é uma questão a tratar. Nesse sentido, é indispensável entender, hodiernamente, a incumbência do debate e das denúncias para assegurar o direito à saúde, haja vista sua garantia constitucional. Destarte, é irrefutável que ocorra uma remodelação dos projetos governamentais de higiene já existentes, irradiando para o ambiente escolar e familiar.  Conforme esse contexto, partindo da lei do Saneamento, promulgada a 11 anos, é conspícua a importância de uma remodelação em seus ditames, pois segundo o Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento, 50% da população brasileira continua desassistida. No que se refere a isso, a extensão do território nacional, atrelado a ocupação de regiões com difícil acesso, configuram-se como obstáculos e agravantes da problemática. Em síntese, aquele código imperfeito deve ser refeito apoiando-se na canção Velha Roupa Colorida do músico Belchior quando diz “O passado é uma roupa que não nos serve mais”.   Em contrapartida, a deficitária estrutura básica de higiene é devido, sobretudo, às ineficiências escolares, uma vez que elas, também de difícil acesso a parcela relevante da população, atuariam como esclarecedoras dos direitos coletivos. No que tange a isso, essa implicatura fundamenta uns indivíduos em detrimento de outros, fomentando uma circunstância de privilégios regionais, percebido nos dados apontados pelo SNIS no Norte do país, localidade detentora das piores estruturas de saneamento e escolaridade. Em verdade, é indispensável ao indivíduo desde sua infância a orientação de cuidados pessoais ainda em casa, reforçado então pela educação. Desse modo, é mister buscar, na obra “Abaporu” de Tarsila do Amaral, o enredo para a compreensão do que foi explanado, já que essa pintura retrata um indivíduo com grandes membros e com pequena cabeça, ou seja, uma pessoa alienada, podendo ser a representação mais apropriada para uma sociedade que negligencia o debate aos direitos à saúde e ao bem-estar.  É necessário, portanto, que os atores sociais trabalhem juntos para garantir um saneamento de qualidade à todos os indivíduos. Para tanto, os núcleos tecnológicos, em parceria com as escolas, devem desenvolver coletores de resíduos sanitários que possam ser implantados em diferentes locais, prezando custo baixo, simplicidade e eficiência. Em consonância, o Ministérios do Meio Ambiente atrelado ao Ministério da Educação, promovendo orientações através da mídia, educará o cidadão difundindo novos destinos aos resíduos capturados, como a geração de energia através do Metano e adubação.