Enviada em: 28/10/2018

Segundo o sociólogo polonês Zygmun Bauman: '' a vida líquida é uma vida precária, vivida em condições de incerteza constante, característica da modernidade líquida no século XXI.'' Seguindo este pensamento de Bauman, pode-se aplicá-lo nas questões sociais, como nesse caso, o precário saneamento básico no Brasil, sendo uma questão sempre esquecida pelo governo e sofrida pelas minorias, regidas por um capitalismo onde tudo deve ocorrer de forma rápida e fluida.       Precipuamente, deve-se lembrar que a questão do saneamento básico precário ainda se mantêm presente em muitas regiões do Brasil pela falta de investimento dos governos responsáveis por cada estado, sendo a maioria delas, em regiões periféricas. As pessoas que vivem nessas regiões, além de não ter um esgoto tratado, não têm água digna para consumo próprio. Visto que, é direito de todo cidadão ter princípios fundamentais para se viver dignamente (lei dos Princípios Fundamentais Nº 11.445), é inadmissível ainda ocorrer essa desigualdade.       Ademais, apesar de existirem projetos do governo como o PLANSB (Plano Nacional de Saneamento Básico no Brasil), na tentativa de melhorar o combate ao saneamento básico precário ainda presente, segundo a estimativa da PLANSB, isso não é tão fácil de se atingir. As metas iniciais eram de universalizar o saneamento básico até 2033, mas isso se estendeu para 2054, pois a crise econômica alterou a inflação e o PIB do país, diminuindo os recursos e as verbas para o projeto.      Diante dos fatos supracitados, é visível que a participação do governo de cada estado investindo recursos para esses projetos é imprescindível. Para isso, será necessário maior controle dos investimentos pelo Ministérios da Saúde, colocando como prioridade o projeto PLANSB em todos os estados do Brasil, distribuindo as verbas de forma correta, com intuito de melhorar o combate ao saneamento precário e ofertar condições seguras da água à população.       Vale ressaltar, que não cabe apenas ao governo a mudança, como também das pessoas,  pois com a pressão social conseguiria fazer o governo dar mais atenção à essa questão. Para isso, as redes sociais, a mídia e o Ministério da Saúde, devem em união, fazer propagandas publicitárias com o intuito de trazer maior informação sobre essa questão social tão recorrente ainda na vida de muitos moradores de bairros periféricos. Desta forma, será possível mobilizar mais pessoas em apoio da causa.