O homem nasce bom, a sociedade o corrompe. Comentário feito por Rousseau durante a efervescência do Iluminismo, permite refletir, nos dias atuais, que ter acesso às melhorias do saneamento básico é um problema a ser enfrentado de forma mais organizada pela sociedade brasileira, devido não só à negligência governamental, como também à lenta mudança da mente social. Como análise inicial, é válido ressaltar a negligência governamental como um dos maiores impulsionadores dessa problemática, posto que o Estado deve se assegurar dos direitos da população, o que não é exercido, configura-se na conjuntura da violação do contrato social proposto por John Locke, já que o governo não cumpre sua função ao permitir que os cidadãos gozem de direitos imprescindíveis como ter acesso ao saneamento básico, infelizmente, fazendo esses mesmos direitos permanecerem apenas no papel. Em conjunto disso, a lenta mudança da mente social é um outro dilúvio desse fenômeno no país, pois a comunidade possui uma grande discriminação ao conhecimento da melhoria do saneamento básico. Isso se relaciona aos ideais de Durkheim que diz sobre como o fato social é a maneira coletiva de pensar, fazendo apologia ao pensamento de Rousseau que a sociedade influencia o meio social na forma de agir. Sendo assim, medidas são necessárias para resolver esse impasse. Desse modo, para que os ideais iluministas de igualdade, liberdade e fraternidade não sejam apenas proposições teóricas, o governo, deve promover fiscalizações nos municípios a fim de verificar e garantir às melhorias do saneamento básico e concretizar a importância que possui. Espera-se com isso a minimização ou até mesmo a erradicação desse entrave a longo prazo.