No século XX, no Brasil, ocorreu um grande investimento no saneamento básico por parte do governo brasileiro, o que culminou na atual infraestrutura que o país tem para lidar com a questão. Porém, como desafio, as estruturas voltadas aos serviços sanitários apresentam elevados custos, o que, conjuntamente com a negligência dos governantes, gerou um estado de estagnação na melhora da realidade sanitária do país. Desse modo, medidas precisam de ser estabelecidas, antes que um estado de caos seja gerado pela questão. Em primeira análise, as estruturas necessárias para acabar com os problemas do saneamento básico necessitam de um grande aporte financeiro. Conforme noticiado pelo canal Globonews, o governo orçou que para prover a universalização da água e acabar com os problemas do esgotamento sanitário, será preciso investir mais de 500 bilhões de reais em obras, valor que representa quase 10% do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB). Assim, o desafio para a melhora da infraestrutura sanitária fica evidente, contudo, o sacrifício econômico é necessário, pois o investimento nos serviços sanitários está relacionado com a saúde pública, a qual é um direito de todo o cidadão brasileiro. Em segunda análise, mesmo com a necessidade da população em uma melhora na questão, o aprimoramento da infraestrutura para lidar com saneamento básico está estagnado. Isso se prova no estudo feito pelo Instituto Trata Brasil, segundo o mesmo, desde 2011 o país não apresenta avanços significativos no número de pessoas que recebem água tratada e no número de esgotos que são coletados adequadamente. Portanto, tendo em vista esse descaso por parte do estado, a política brasileira pode ser resumida pelo que foi dito por Platão, o qual afirmou que os governos governam para si próprios, deixando de lado as necessidades de sua população. Como se observa nos fatos supracitados, o principal desafio para a melhora dos serviços sanitários são os elevados custos financeiros para realizar as obras necessárias, apesar disso, é de fundamental importância o investimento no setor. Diante disso, o Estado necessita agilizar a construção das obras de saneamento básico, por meio da aprovação de um plano de gastos que aumente a porcentagem do PIB cedido para a questão - buscando legalizar o maior investimento na questão -, além de criar parcerias com o setor privado, ao ceder o direito de exploração financeira para as empresas que se disporem a construir tais obras - como forma de garantir capital privado para financiar os empreendimentos -. Somente assim, o Brasil conseguirá ultrapassar o desafio de aprimorar o precário saneamento básico do país.