Enviada em: 29/10/2018

Na literatura do Romantismo Indianista, notoriamente representado por José de Alencar, o Brasil é retratado, por vezes, como um país perfeito, ideal para se viver. Entretanto, se analisarmos a situação do país vemos que é somente herança literária, visto que o país possui um precário saneamento básico. Nesse cenário, dois motivos são pertinentes: a mobilização urbana e a negligência Estatal.    De acordo com Jean-Jacques Rousseau, filósofo francês, o Estado é responsável por melhorar a condição do homem em sociedade, no entanto, tal fato não ocorre e o país padece com problemas sanitários. Segundo o Instituto Trata Brasil, 40% dos dejetos são tratados. Nesse contexto, verifica-se que o esgoto não tratado corretamente pode causar grave poluição hídrica, transmissão de doenças por meio de água contaminada e poluição atmosférica. Portanto, nota-se as imperfeições no dirigismo Estatal que peca em negligenciar a problemática.   Outrossim, destaca-se a população como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de generalidade, coercitividade e exterioridade. Seguindo esse reflexão, observa-se ações inadequadas do público, como despejo de lixo em locais impróprios que acarretará no aumento da dificuldade de saneamento, causando também a deterioração de canais eficazes de tratamento.    Urge, portanto, a necessidade de garantir um excelente serviço público sanitário. Sob essa ótica, o Estado deve promover um planejamento nos municípios para que o saneamento básico se encontre em todas as localidades, para que assim toda a população goze desse serviço público. Ademais, cabe ao Estado criar propagandas e palestras para introduzir a importância da educação ambiental, com ênfase nas áreas mais carentes, a fim de diminuir o impacto humano sobre o meio ambiente. Dessa forma, o país deixará a herança literária para caminhar rumo a perfeição da literatura romântica indianista.