Enviada em: 31/10/2018

A Agenda 2030, plano de ação adotado por países integrantes da Organização das Nações Unidas, ONU, visa promover um mundo ambientalmente sustentável, para tal, garante no seu Objetivo para o Desenvolvimento Sustentável -ODS- 6, saneamento básico. O Brasil, entretanto mesmo tendo assumido essa responsabilidade, ainda atua de forma pouco assertiva para colocar em prática o referido objetivo. Logo, poder público e Coletividade precisam engendrar uma conduta objetivando enfrentar os desafios para melhorar o precário saneamento básico brasileiro.    Em primeira análise, o descaso estatal com a prestação de serviços de saneamento básico, notoriamente nas periferias dos centros urbanos e nas cidades interioranas, corrobora para um precário abastecimento de água potável. Uma consequência disso é a contaminação da água que chega nos lares brasileiros, podendo ocasionar doenças como cólera, disenteria e hepatite. Tal contaminação, segundo dados da OMS -Organização Mundial da Saúde-, é responsável pelo contágio de cerca de 80% das doenças supracitadas em países países subdesenvolvidos, o que inclui o Brasil. Dessa forma, a negligência do Estado, ao investir minimamente no saneamento básico, dificulta a universalização do direito a água potável, garantido pela atual Constituição do Brasil.    De outra parte, o endereçamento final do lixo é outro desafio para a disponibilização de um ambiente sustentável, o que também adentra o saneamento básico. Nesse cenário, a população com pouca conscientização sobre o manejo e disposição adequada dos resíduos sólidos tende a depositá-lo próximos a margens de rios, locais residenciais e escolas. Por conseguinte, esse lixo pode intensificar enchentes nas áreas urbanas, uma vez que em períodos de chuva ele pode ser arrastado para bueiros, levando a sua obstrução, que prejudica a drenagem das águas pluviais. Sendo assim, um cidadão consciente é uma peça fundamental para consolidar uma das bases para o saneamento básico eficaz: a limpeza urbana.    Urge, portanto, que as prefeituras, por meio do aporte financeiro da União, promovam e ofereçam com mais eficácia o tratamento de água, além de priorizar esse abastecimento nos subúrbios e interiores a fim de reduzir a incidência de doenças. Em paralelo a tais medidas, ONG`s e ativistas ambientais devem produzir e veicular vídeos nas redes sociais, em parceria com o Ministério da Educação, que abordem o risco da má destinação do lixo e explicitem caminhos apropriados para a destinação do lixo. Por tudo isso, o Brasil colocará em prática, de maneira assertiva, sua responsabilidade mundial assumida perante o Objetivo para o Desenvolvimento Sustentável -ODS- 6 da Agenda 2030.