Enviada em: 01/11/2018

Saúde e Saneamento estão atrelados, de forma que este favorece aquele. Por exemplo, segundo Ricardo Barros, ex-Ministro da Saúde, cada real investido em saneamento pode economizar nove na saúde. Contudo, o saneamento básico no Brasil é seletivo, onde certamente há infraestrutura em bairros nobres. Por outro lado, a situação decai à medida que as condições socioeconômicas da região diminuem. Portanto, a questão é desfazer essa desigualdade ao efetivar o investimento nas áreas pobres.       Primeiramente, áreas periféricas, muitas vezes, sequer possuem coleta de esgoto. Além de degradar o meio ambiente, visto que o ideal seria canalizar para tratar, é fato que o esgoto a céu aberto pode proliferar doenças. Então, urge a implantação de um digno sistema sanitário. Para tanto, deve-se angariar recursos para investimentos maciços, com o propósito de equiparar o atual desnível.       Ademais, para dispor de capital e promover tal isonomia sanitária entre locais desse mesmo Brasil, uma possibilidade contundente seria: reforma tributária. Tendo em vista que países desenvolvidos se aproximam dessa meta infraestrutural, vale avaliar como o fazem. Em números, os Estados Unidos, a Alemanha e a França chegam a cobrar 40, 50 e 60% de imposto sobre herança, respectivamente - segundo infográfico disponível no portal "online" da Folha de S. Paulo. No entanto, os Estados Brasileiros, em sua maioria, cobram até 4% desse imposto - segundo artigo sobre tal tributação no Brasil, acessível na Wikipédia. Nota-se nos valores um abismo.       Ao exposto, depreende-se que o Congresso Nacional deve propor e aprovar uma reforma tributária. Para então dispor de recursos e melhorar o saneamento básico. Segundo reportagem no portal da G1, cerca de 117 mil brasileiros detêm R$ 964 bilhões aplicados. Ao imaginar uma taxa de 50% nessas heranças, obtém-se um valor de R$ 482 bilhões, apenas R$ 26 bilhões a mesnos que os R$ 508 bilhões pretendidos pelo Plano Nacional de Saneamento Básico. Naturalmente, as obras poderiam iniciar desde já sob financiamentos, pois as futuras taxações cobririam as amortizações.