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Enviada em: 12/03/2019

A obra naturalista “ O cortiço”, de Aluísio Azevedo, retrata um ambiente inóspito, insalubre, com péssimas condições de saúde e ausência de saneamento básico, no qual as personagens têm que lidar todos os dias. Em consonância com a obra está a realidade brasileira. A falta de saneamento básico afeta, segundo os dados da revista Valor, 35 milhões de brasileiros. Mudar essa conjuntura é essencial para uma melhoria na qualidade de vida da sociedade.    Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a saúde é um direito inalienável a todas a pessoas. Isso é evidente, pois para que os seres humanos consigam exercer suas tarefas diárias, como estudo, desenvolvimento cultural, social e atividades físicas, é necessária uma boa saúde física e mental. O saneamento básico está intrínseco a uma vida de qualidade, pois impede a proliferação de doenças infecciosas e danosas ao ser humano. No Brasil, segundo a Veja, a taxa de mortalidade infantil subiu 5% em 2016, algo que não acontecia desde 1990, ou seja, os problemas relacionados a falta de saneamento básico não só não deixaram de atingir a população como também vem aumentando.      Além disso, o serviço de tratamento de água e esgoto  é importantíssimo para a produtividade econômica, já que pessoas com saúde podem exercer seu trabalho de forma eficiente. Tal importância é levada em conta, por exemplo, em países desenvolvidos como a Alemanha, que disponibiliza esse serviço a 99% de sua população. No Brasil, entretanto, segundo a revista Época, somente 39% das casas contam com todas as etapas de um saneamento básico adequado, com abastecimento de água, rede de coleta e tratamento de esgoto, o que mostra que tal importância não é levada em conta por nossos governantes.      Destarte, é imprescindível a universalização do saneamento básico  a  toda sociedade brasileira. Cabe ao governo, portanto, destinar verbas à municípios que enfrentam o problema da falta de saneamento básico e também elaborar projetos que visem resolver essa adversidade, como , por exemplo, a disponibilização de mais profissionais da saúde em áreas que ainda não possuem o serviço, a disponibilização de caminhões pipas com água potável e a criação de postos de saúde.