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Enviada em: 15/03/2019

No medievo, a queda populacional, decorrente da atuação da peste negra, deu-se por meio da inexistência de padrões mínimos de saneamento. Visto a importância do serviço, o Brasil ainda encontra dificuldades em geri-lo, principalmente no tocante ao descarte correto de resíduos sólidos. Esses problemas apresentam-se de duas formas: locais inapropriados para o descarte, como lixões; e falta de colaboração da sociedade com o processo de reciclagem.       De fato, em 2010 promulgou-se a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que atribui aos municípios a responsabilidade de descarte de lixo, assim como proíbe o uso de lixões para tal fim. Entretanto, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública, ainda existem quase 3 mil depósitos irregulares de lixo. Como também há a postergação, por parte do Legislativo Federal, do prazo concebido aos municípios para a reestruturação do sistema de coleta, dada por meio da instalação de aterros sanitários. Dessa maneira, torna-se distante a realização do que primeiro foi instituído pela PNRS, bem como uma transparência de inexpressividade da lei criada, perante sua não aplicação.       Além do mais, a população apresenta-se como um desapoio às medidas de coleta e tratamento de lixo, visto sua falta de colaboração no início do processo, por meio da separação dos resíduos em seus diferentes tipos. A exemplo, uma pesquisa realizada pelo Ibope, em maio de 2018, demonstrou que 4 em cada 10 brasileiros não realizam esse tipo de procedimento, mesmo que conheçam o processo. Por consequência, tal atitude impacta diretamente na reciclagem e descarte do produto, uma vez que dificultará ou inviabilizará sua separação. Assim, o brasileiro torna-se cúmplice  do governo, pois dificulta a eficiência da cadeia de reciclagem e descarte, de modo que afeta a qualidade do serviço de saneamento básico prestado.       Em suma, a fim de prover a melhoria no sistema de saneamento nacional, os municípios devem agir de maneira inteligente e inovadora, para contornar a realidade de higiene encontrada. Assim, as prefeituras próximas devem juntar-se com a missão de realizar um consórcio para a construção de um aterro sanitário compartilhado. Desse modo, os custos serão divididos, além de abranger uma maior área de coleta. Ademais, a escolas devem dirigir aprendizados práticos que relacionem a importância da separação e descarte correto do lixo, com o propósito de fixar, nas futuras populações, a ideia de responsabilidade com a qualidade de vida por meio do saneamento. Logo, por meio das intervenções propostas, o saneamento básico no Brasil passará de um problema para exemplo.