Enviada em: 28/05/2018

Durante o século XX, um dos diversos conflitos internacionais que obteve destaque foi a Guerra do Vietnã, a qual o uso das drogas intensificou-se entre os soldados, com o intuito de aumentar a resistência nas batalhas. No século seguinte, apesar de diferentes motivações, o uso de drogas continua crescendo, assim como, por conseguinte, o número de dependentes químicos no Brasil. Com isso, o tratamento desses indivíduos tem sido pauta constante dos entraves governamentais, seja pelo crescente número de usuários, seja pela ausência de auxílios governamentais.                    Sob tal ótica, é perceptível o crescente número de usuários de drogas ilícitas no país. Tal fato pode ser intimamente correlacionado com as desigualdades sociais contundentes, além do forte poder ideológico que atribuído ao tráfico de drogas nas comunidades, o qual impacta, sobretudo, a vida dos jovens. A consequência direta dessa problemática consiste na impossibilidade de um tratamente eficaz devido à lotação das poucas unidades existentes de centros de reabilitação e de comunidades terapêuticas, locais específicos onde os dependentes químicos possuem acompanhamento profissional para largar o vício.                       De maneira análoga, outro grande entrave que tange o tratamento dos viciados em drogas apresenta-se como a ausência de auxílios financeiros governamentais para os centros de reabilitação. Tendo em vista os impostos estrondosos que a população paga, não é correto que unidades de suma importância para uma parcela cada vez maior da sociedade sejam carentes de itens básicos como medicamentos, verba para contratação de mais profissionais qualificados, meios de investir em tratamentos auxiliadores e complementares, além de infraestrutura adequada para lidar com as divergentes reações que a abstinência pode causar.                     Infere-se, portanto, que medidas devem ser tomadas. Em primeira instância, o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Cultura, deve realizar programas esportivos, aulas de reforço escolar gratuitas e palestras educativas nas comunidades, a fim de reduzir o poder do tráfico e possibilitar aos jovens uma perspectiva de vida diferente daquela imposta a eles. Ademais, o Governo Federal deve disponibilizar uma maior parcela da Receita Federal para a construção de novas unidades de Centros de Reabilitação, os quais devem receber uma quantia mínima, fixa e periódica para suprir as carências internas, com o objetivo primordial de efetivar o tratamento dos dependentes químicos.