Enviada em: 31/05/2018

A Revolução Médico Sanitária promoveu o aumento expressivo das pesquisas médicas , com o intuito de melhorar as condições de vida dos cidadãos.Nesse contexto, hoje , apesar dos avanços da medicina ,ainda é visível no Brasil que muitas pessoas encontram impasses para a garantia de condições básicas de saúde , a exemplo dos dependentes químicos , em virtude de uma carência de tratamentos especializados para os mesmos. Desse modo , os desafios para a terapia dos toxicomaníacos encontra suas causas na carência estrutural médica e nas visões sociais preconceituosas.  Em uma primeira análise,cabe comentar que a negligência estatal dificulta a resolução de tal problemática. Essa assertiva é comprovada quando se verifica a falta de médicos especializados no tratamento de dependentes químicos,em razão da escassez de investimentos públicos na "reabilitação" de tais indivíduos.Consequentemente,muitos necessitados são privados de uma terapia eficiente e permanecem no "mundo das drogas".Sob esse prisma,de acordo com o conceito "Cidade Ideal " do filósofo Platão,o governo é responsável pela garantia do bem estar dos cidadãos,oque contraria a realidade brasileira,quando se constata que muitas pessoas são privadas de boas condições terapêuticas , em virtude de uma postura negligente adotada pelo estado.   Além disso , é válido salientar que o preconceito favorece a manutenção de tal cenário. Esse fato é corroborado quando se observa que muitas pessoas assemelham os usuário de drogas a criminosos , em virtude da construção de um estereótipo negativo que considera o mesmo como imoral e que deve ser penalizado pelo seu pelo seu vício. Com efeito , estes não são vistos como pacientes que possuem direito a tratamento, impossibilitando a saída dos mesmos do "mundo dos entorpecentes" . Sob essa ótica , de acordo com o conceito "Habitus" do sociólogo Pierre Bourdieu , as visões sociais são determinadas pelas agências , a exemplo da mídia , e enquanto tal instituição não trabalhar contra estas manifestações , tais concepções irão se perpetuar na sociedade.  Torna-se evidente,portanto,que os impasses para o tratamento dos dependentes químicos apresentam consequências nocivas ao bem estar dos mesmos. Desse modo,o Ministério da saúde deve melhorar a infraestrutura dos serviços hospitalares,por meio da contratação de médicos especializados na terapia toxicomaníaca,com o intuito de melhorar o atendimento direcionado a esse público. Somado a isso,a mídia deve realizar campanhas contra o preconceito,por meio de propagandas na televisão aberta,explicitando a visão do dependente químico como um paciente que possui direito a tratamento, com o intuito de modificar as visões sociais pejorativas destes. Assim,a partir dessas medidas,é possível estabelecer as melhorias na condição da saúde ,pautadas na Revolução Médico Sanitária.