Enviada em: 05/06/2018

A Declaração Universal dos Direito Humanos – publicada na década de 40 pela ONU – assegura a todos os indivíduos o direito à educação e ao bem-estar social. Porém, o precário serviço de saúde pública do Brasil e o preconceito social vivenciado pelos dependentes químicos, se tornam um desafio que impedem que essa parcela da população usufrua desse direito na prática. Com efeito, fica claro a necessidade de promover melhorias no sistema de saúde do país.       Indubitavelmente, o descaso estatal com o tratamento de reabilitação mostra-se como um desafio. Isso porque poucos recursos são destinados pelo Estado à construção de hospitais psiquiátricos e Centros de Atenção Psicossocial para tratamento de usuários de álcool e outras drogas (Caps-AD), bem como a capacitação de médicos para atenderem às necessidades especiais desses pacientes. Ademais, há poucos hospitais e centros ativos no país, os quais são decisivos para tratamentos psicológicos, inclusão e reabilitação dessas pessoas na sociedade. Isso deixa evidente a negligência do estado, ao investir minimamente na recuperação de dependentes químicos.       O cientista alemão Albert Einstein afirma que é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. Nesse sentido, é notável o preconceito da sociedade com a marginalização dos dependentes químicos, contribui como um fator prevalecente para a dificuldade de reabilitação. A dependência é considerada uma doença pela OMS, mas muitos a veem como uma degradação moral, utilizando termos difamatórios como: “nóia”, “zumbi” para contextualizar, muitas, uma história de um indivíduo, sem nem ao menos atentar do que é ou foi a sua vida.       É evidente, portanto, que há dificuldades para que os dependentes químicos possam ter uma recuperação e uma reinserção social. Dessa maneira é preciso que o Estado brasileiro promova melhorias no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de criação de centros especializados em dependentes, e a capacitação de profissionais para que esse grupo tenha seus direitos respeitados. Junto a isso, deve ocorre também uma conscientização educativa da população por meio de palestras nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de cada município, a fim de que haja importância quanto à prevenção ao uso e à luta para recuperação de quem vive o problema. Para que a sociedade entenda que a dependência química é uma enfermidade, facilitando que as pessoas entendam a dimensão da doença e busquem ajuda o quanto antes..