Enviada em: 13/06/2018

A dependência química é uma doença e um problema social (OMS, 2001) que se caracteriza por ser progressivo, crônico e incurável, porém tratável. Pode levar à insanidade, prisão, morte ou ao tratamento. Dados da ONU informam que a quantidade de população que utiliza psicoativos no mundo tendeu a estabilidade, em 2016. No entanto, os que necessitaram de tratamento para doenças associadas a esta condição cresceu, tais como: depressão, fobias, DSTs, entre outras.        No Brasil, o modelo de tratamento vigente (2011) é terceirizado a comunidades  religiosas que recebem financiamento público. A maioria não possui profissionais capacitados e tampouco vínculo com o SUS. Devido a denúncias, os Conselhos de Psicologia realizaram inspeções e constataram maus tratos, como o trabalho forçado, coação por orientação sexual, extorsão a familiares e toda classe de constrangimentos. Ademais, 90% de seus pacientes volta a rescindir no uso de drogas (Carta Capital).        Na política anterior (2003), os CAPS correspondiam à porta de entrada do sistema público de tratamento. O país ainda conta com 305 instituições que atendem com equipe multidisciplinar. Propõe tratamento individualizado que varia segundo o avanço do paciente e prioriza a contenção de danos, ofertando orientações gerais de anticoncepção e prevenção à DSTs e distribuindo preservativos, seringas descartáveis e outros congêneres. Sua adesão é maior e seus resultados melhores por realizar o tratamento com o indivíduo inserido no seio da sociedade.       Á luz desta discussão é mister que o Estado invista mais em políticas laicas, com foco na prevenção. Para isso, o Ministério da Justiça deve diferenciar usuário de traficante, modificando o atual código penal, o que contribui para que o usuário não se torne um dependente.  Assim mesmo, o Ministério de Educação, em conjunto com ONGs especializadas, por meio da oferta de um ensino de qualidade e de um ambiente de debates, leve os alunos a se apropriar da discussão, melhorando a performance das escolas e o  consequente aproveitamento de suas potencialidades.