Enviada em: 16/06/2018

O escritor Lima Barreto foi internado em hospícios por alcoolismo durante a sua vida. Embora tenha ocorrido no século XX, os tratamentos de dependentes químicos no Brasil melhorou pouco. Infelizmente, ainda há muitos desafios a serem superados não só com consequências de drogas ilícitas, mas também no preconceito cultural enraizado na sociedade.       Primordialmente, os traficantes oferecem entorpecentes de baixa qualidade para os usuários. Segundo o Jornal El País, o grau de pureza da maconha chega a 20%, a saber, 80% são outras substâncias químicas. Nessa perspectiva, o viciado acaba tendo diversos problemas de saúde, como infecção por fungo. Assim, o excesso de impurezas dificultam o tratamento dos doentes, uma vez que os médicos utilizam medicamentos para tratarem doenças não relacionadas ao composto viciante.         Outrossim, a cultura cria um preconceito contra os dependentes. Sob esse viés, a Escola de Frankfurt defende que a arte em geral é utilizada para determinar o agir e pensar dos indivíduos. Nesse sentido, não faltam exemplos no cinema, como o filme Pulp Fiction, que criam o estereótipo de que viciados são bandidos. Por conseguinte, muitos usuários evitam procurar ajuda devido à visão negativa da sociedade. Fica claro, portanto, que o tráfico e preconceitos dificultam o tratamento dos dependentes.       Logo, cabe ao governo legalizar as drogas, isso pode ser feito por meio de uma emenda presidencial, a fim de estimulas a produção de entorpecentes menos danosos. Ademais, o Ministério da Cultura deve romper com visões estereotipadas, por meio de eventos culturais que mostram aos alunos e sociedade os danos reais do vícios, para que assim usuários sintam confiança para buscarem ajuda.