Enviada em: 14/07/2018

Motivo de exclusão social, destruição de famílias e carreiras, a dependência química é um problema crônico que, muitas vezes é tratada como caso de polícia, quando na verdade deveria ser enquadrada como caso de saúde pública.   Muitos são os motivos que levam uma pessoa a ter contato com as drogas e o álcool, como a perda de um emprego, divórcio ou mesmo como consequência de uma depressão. Desse ponto de vista, ninguém escolhe ser viciado. A droga serve como uma espécie de refúgio, uma tentativa momentânea de acabar com a tristeza.   Entretanto, para lidar com essa situação,algumas políticas de cunho repressivo ainda são tomadas, como a famigerada guerra às drogas e o encarceramento em massa, cujos resultados não são satisfatórios, haja vista o alto índice de reincidência e ao número de mortes causado pelo combate ao tráfico feito de maneira repressiva.   Por outro lado, o combate à dependência feito de maneira a dar suporte clínico, com tratamento psicológico ao viciado, tem mostrado resultados favoráveis, o que indica que o melhor caminho para se tratar um dependente químico é enquadrá-lo como caso de saúde pública.  Para tanto, é necessário um trabalho conjuntural, que englobe todos os setores da sociedade, com a criação de centros de apoio ao dependente, palestras sobre os malefícios do uso de drogas e álcool, programas de prevenção, maior flexibilização do Estado em relação ao combate às drogas, como a própria legalização. Só assim é possível atingir o objetivo principal: acabar com a dependência, sem que seja preciso o uso da repressão.