Enviada em: 21/06/2018

No contexto social vigente, a dependência química é considerada um problema de saúde pública que vem progredindo. Entretanto, encontram-se barreiras para a intervenção dessa problemática, sendo de auto custo os gastos para o acolhimento dessas pessoas. Além disso, constata-se que os dependentes de drogas lícitas e ilícitas possuem alto índice de recaídas, sendo a motivação um fator importante para o sucesso do tratamento.      Com primeira constatação, de acordo com estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Friocruz), Ribeirão Preto tem 5,3 mil usuários de crack. Desse modo, para tratá-los, seria necessário 7,2 milhões por mês. Concomitante a isso, em São Paulo,  com o chamado Cartão Recomeço, o Estado gasta R$ 1.350,00 por mês para tentar recuperar cada dependente químico. É notório, portanto, que isso acaba tornando-se um empecilho, visto que os gastos são altos, chegando a ser, por pessoa, quatro vezes maior que para manter um aluno do ensino médio - R$ 350,00 por mês.     Deve-se abordar, ainda, que é primordial o empenho do indivíduo a ser tratado, já que reincidências são apontadas em pessoas que passaram por processos de desintoxicação. Dessarte, os terapeutas James Prochaska e Di Clemente, desenvolveram o Modelo Transteórico, explicando os estágios de mudança de comportamento pelos quais uma pessoa passa até se libertar definitivamente de seu vício ou dificuldade. Uma vez que, a motivação é uma processo de "renovação" constante, é fundamental o apoio psicológico, para que esses indivíduos não voltem ao vício.    Diante dessa problemática, consta-se que ainda há entraves para reabilitação de dependentes químicos, para isso, faz-se necessário atuar antes que o problema surja; ou seja, deve-se, por meio do Ministério de Educação (MEC), instituir, em escolas, palestras ministradas por psicólogas que visem mostrar as consequências e o quão é difícil sair do vício. Outrossim, cabe ao poder público, continuar investindo em centros de reabilitação. Assim, não só se terá usuários reabilitados, como também uma sociedade menos envolvida em tais problemas.