Enviada em: 25/10/2018

Em seu desenho animado o Marinheiro Popeye recorre a uma lata de espinafre para aumentar a sua força e enfrentar seus inimigos, porém, ao contrario do personagem que busca sua força em um vegetal saudável, muitas pessoas no mundo inteiro recorrem ao uso de narcóticos para encorajá-los a enfrentar os desafios do cotidiano ou simplesmente esquecê-los. Esse fato pode ser observado no grande número de usuários de drogas no Brasil, levantando a questão da necessidade de tratamento dos dependentes. Todavia, comumente esse procedimento não é realizado de forma efetiva, dificultando a reinserção do dependente na sociedade. Sendo assim, verifica-se que essa problemática é causada, principalmente, pela insuficiência de políticas públicas e de procura por cuidados médicos. Portanto, medidas são necessárias para amenizar ou extinguir esse quadro caótico.        Primeiramente, os investimentos governamentais que se referem ao abuso de substâncias químicas estão focados na punição como solução, tomando como base a política de “guerra às drogas”. Porém, tal medida tem como consequência a falta de verbas destinadas ao tratamento, dificultando não apenas a criação e manutenção de um número adequado de centros de recuperação como também os gastos com profissionais, medicamentos e pesquisas. Com isso, os dependentes enfrentam muitos obstáculos quando procuram a cura e, assim, o corpo social não funciona harmonicamente como deveria, conforme o sociólogo Durkheim.        Outro aspecto a ser considerado é a falta de socialização e sociabilidade, princípios básicos de convívio coletivo de acordo com Durkheim, que acabam submetendo o homem a angústias financeiras, psicológicas e sociais, levando-o a recorrer às drogas como refúgio. Além disso, a sociedade ainda possui preconceito com os usuários preferindo isolá-los. Consequentemente, não há tanto a consciência individual como o incentivo coletivo para que haja a procura de tratamento, o que prejudica à efetividade dessa solução.        Dessa forma, tendo em vista os argumentos supracitados, observa-se a necessidade de medidas que diminuam os desafios do tratamento de dependentes químicos no Brasil. Portanto, o Governo deve, por meio de programas assistenciais, destinar mais verbas para a área de saúde dos viciados, a fim de haja a construção e manutenção de centros de tratamento em todos os polos regionais do país. Ademais, é essencial que instituições sociais como a Igreja, por meio de palestras, e ONGs, por intermédio de publicidades em revistas, jornais ou televisão, conscientizem a população acerca da importância de incentivar os dependentes a procurarem tratamento. Para assim, amenizar as dificuldades de tratamento e reinserção dos viciados na sociedade.