Enviada em: 13/08/2018

No século XIX, ocorreu a Guerra do Ópio em que empresas inglesas queriam forçar a China, através da violência, a comprar o ópio causando uma epidemia. Análogo a isso, o tráfico de drogas vindo de países como a Colômbia para o Brasil aumentou a dependência química: apenas em 2015 no país houve mais de 50 mil internações, segundo o Ministério da Saúde. Contudo, o tratamento desses adictos apresenta desafios de ser plenamente realizado, manifestando-se em obstáculos políticos.      Primordialmente, esse problema tem na esfera política com a omissão do Poder Público a causa preponderante. Embora haja dispositivos legais, como a Constituição Federal, que garanta acesso e tratamento de saúde adequado, isso ainda não foi efetivado. Nesse ínterim, a carência de políticas públicas marcada pela falta de clínicas de reabilitação e médicos especializados, de medicamentos prevalece, devido à alta soma de recursos necessários para implantar esse projeto.        Em outra vertente, é preciso reconhecer que a internação compulsória é uma dificuldade que impede o tratamento. Seguindo a análise do filósofo Platão, na qual a imposição do conhecimento não permanece, é evidente que se não houver um planejamento de conscientização dos dependentes dos riscos do uso de entorpecentes e acompanhamento psicológico adequado, há maiores chances de reincidência.        Outrossim, em consequência da falha de tratamento dos dependentes há impactos negativos individuais e sociais. Para os adictos, além dos danos físicos como perda de peso, falência de órgãos e o óbito, tem-se os transtornos psíquicos que podem gerar ansiedade e agressividade. Quanto à sociedade, o aumento da violência reflete uma imagem prejudicial para o país que acaba sendo alvo de organismos internacionais, como a ONU, e nos baixos indicadores socais, a exemplo do IDH.        Portanto, medidas são imprescindíveis para erradicar o impasse. Por isso, cabe ao Governo Federal, através do Ministério da Saúde, realizar uma parceria com a iniciativa privada visando fornecer regular e maciçamente recursos para a construção de clínicas, contratação de médicos e compra de medicamentos com o fito de reabilitar o dependente. De acordo com Gilberto Freyre, a educação sem um fim social é a maior das futilidades, assim sendo, cabe aos governos municipais realizar campanhas, projetos e debates e trazer psicólogos para dar apoio emocional aos viciados em entorpecentes, objetivando reduzir a incidência. Ademais, como forma de prevenção é fundamental que  ocorra uma união entre as polícias para intensificar e punir rigorosamente os traficantes de drogas, reduzindo o acesso às drogas.