Enviada em: 02/08/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a dificuldade enfrentada para tratar dependentes químicos no Brasil, hodiernamente verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não  na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela atenção negativa dada aos viciados, seja pelo aumento na quantidade desses.     Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, o descaso com os dependentes de drogas rompe essa harmonia, haja vista que a atenção que eles recebem é de forma negativa, um olhar de medo, e de prevenção, raramente de cuidado ou terapia.   Outrossim, destaca-se o aumento na quantidade de viciados em entorpecentes como impulsionador do problema.Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que esse aumento no numero de dependente químicos se dá pela facilidade encontrada para comércio de entorpecentes, o que potencializa o mercado de estimulantes, prejudicando ainda mais os dependentes.     É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério das Comunicações em parceria com o Governo irão promover e divulgar campanhas para o aumento de entidades com a função de cuidar desses usuários, com o fito de trata-los e reduzir o tráfico de drogas no Brasil. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação deve instituir nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam o combate ao tráfico de drogas e exponham a realidade desse problema, a fim de que o tecido social se deprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.