Enviada em: 06/08/2018

No livro "Sociedade Fissurada", das autoras Marcia Tiburi e Andrea Dias, é feita uma reflexão acerca do poder subjetivo das drogas sobre os indivíduos. Na realidade brasileira, os narcóticos provocam uma cruel dependência com grandes dificuldades em seu combate. Tais como, a demora em procura por tratamentos, ocasionada pela precária assistência governamental e métodos terapêuticos se mostrando ineficientes.  Em primeira análise, cabe evidenciar que o Poder Público não assiste adequadamente os dependentes químicos. De acordo com a OMS(Organização Mundial de Saúde), o Brasil oferece 0,34% dos leitos que seriam necessários. Nesse cenário, observam-se esses indivíduos levando um longo período de tempo para buscar atendimento, visto que em pesquisa da Unifesp, o tempo médio dessa procura é de 3 a 7 anos, dependendo do tóxico.   Vale ressaltar também que as terapias oferecidas pela saúde pública nacional não são eficazes. Segundo a coordenação de Saúde mental, álcool e outras drogas do Ministério da Saúde, o êxito de abordagens universais têm se apresentado limitadas. E, nesse panorama, a psiquiatra Alessandra Diehl da Unifesp afirma que cada paciente demonstra necessidades diversas e assim, a intervenção médica deve ser personalizada.   Faz-se notório, portanto, que medidas devem ser providenciadas. É imprescindível que o Ministério da Saúde promova investimentos nas unidades públicas de saúde, de modo que essas portem da infraestrutura essencial para atender maior número de dependentes e de forma mais rápida. Ademais, é fundamental que o já citado Ministério, introduza terapêuticas individualizadas para os pacientes adictos, a fim de que, assim, os mesmos disponham do suporte medicinal pertinente às suas particularidades medicamentosas.