Enviada em: 10/08/2018

Muitas questões importantes emergem na sociedade, entre elas os desafios para o tratamento de dependentes químicos no Brasil. Nesse sentido, é considerado um transtorno mental, além de um problema social, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Com isso, dentre as maiores dificuldades em combater a dependência química estão a fluidez das relações na modernidade, junto a ineficiência do governo em se tratar os usuários.         Em primeiro lugar, nossos padrões estão cada vez mais virtualizados e não suportamos a realidade. Em face disso, existe um contraponto com o filósofo francês Jean Baudrillard, quando aborda sobre a questão dos simulacros e simulação, sendo apenas mediações do que é real, tornando a experiência humana um disfarce. Assim, tal situação faz com que a humanidade se aliene cada vez mais e, logo, quando se deparam com problemas reais como miséria, falta de perspectiva profissional ou pessoal e exclusão social, muitas pessoas buscam no uso de substâncias psicotrópicas, como meio de “fuga”. Dessa forma, a dependência traz problemas a todo o corpo social, sobretudo, a família do dependente químico.        Outrossim, persiste a omissão das autoridades públicas acerca da dependência química. Nesse contexto, o sociólogo Zygmunt Bauman desenvolveu o conceito de “Instituição Zumbi”, segundo o qual algumas instituições perderam sua função social, mas que tentam manter a sua forma. Nessa perspectiva, o Sistema Único de Saúde (SUS) se enquadra nessa teoria de Bauman, na medida em que não há campanhas efetivas de combate ao uso de drogas, lícitas e ilícitas, além disso, o SUS é ineficiente no acompanhamento de dependentes. Com efeito, o número de usuários aumenta de forma acelerada, devido a ineficiência de políticas públicas.        É preciso, portanto, que medidas sejam tomadas a fim de se haver um tratamento de dependentes químicos. O Ministério da Saúde deve possibilitar o acompanhamento o acompanhamento dos usuários, por meio de clínicas especializadas, para que ele se trate e saiba lidar principalmente com a família. Cabe a esse mesmo órgão, realizar campanhas no combate ao uso de drogas, por meio da divulgação na mídia sobre os riscos que as substâncias provocam e, assim, haja estímulos a uma vida saudável. Com essas iniciativas, seriam atenuados sentimentos de vício, promovendo perspectivas reais para os brasileiros.