Enviada em: 30/08/2018

A adolescência e a falta de recursos no mundo das drogas       O Brasil tem enfrentado um alto índice no número de dependentes químicos, sejam substâncias ilegais ou não. O problema torna-se maior quando, entre esses dependentes, há menores de idade. Além disso, as famílias mais carentes não possuem um apoio financeiro necessário para ajudar o integrante que se encontra nessa situação de vício.       Nota-se que, existe uma grande dificuldade ao combater o uso de drogas pelos adolescentes. Tal fato pode ser explicado pelo fácil acesso à elas. Segundo uma pesquisa realizada em Cuiabá, por escolas estaduais e particulares, a maconha é fácil de ser obtida para 69% dos entrevistados. Nessa mesma pesquisa, a faixa etária predominante entre os usuários de maconha está entre 12 e 17 anos. Somando o simples acesso à curiosidade, influência ou até por motivos de baixa autoestima, essa juventude encontra, nas drogas, um meio para "fugir" dos problemas e, ao duvidar da capacidade de subordinação à essas drogas, acabam enfrentando um sério problema de vício.       Por outro lado, encontra-se outra grande dificuldade relacionada a pequena oferta de ajuda aos dependentes químicos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é necessário haver 0,5% de leitos nos países para acolher doentes mentais. No Brasil há apenas 0,34%, sendo o número de leitos para dependentes químicos menores ainda. As famílias que procuram ajuda, na maioria das vezes, vão até clínicas terapêuticas particulares, sem nenhuma ajuda do Governo.       Em suma, é evidente uma atenção maior, vinda do Estado, tanto em relação à idade de quem está consumindo drogas, quanto ao acolhimento para dependentes químicos. Campanhas publicitárias, palestras, programas, como o Proerd, podem informar o público adolescente da consequência do uso de drogas. O Estado pode atuar também, através de um apoio financeiro às famílias menos favorecidas, possibilitando-as a um atendimento específico para seu familiar dependente químico.