Enviada em: 01/09/2018

Obstáculos para o tratamento de dependetes químicos      O número de dependentes químicos no Brasil é uma realidade que vem crescendo consideravelmente a cada ano. Em contrapartida, a infraestrutura para um tratamento de qualidade e o incentivo para a recuperação dos mesmos, não evoluem. Esse impasse faz com que os desafiosd e intervenção se tornem ainda mais difícil, logo, é dever do Estado e da população atentar-se ao embate.       De acordo com a pesquisa realizada em 2013 pela Universidade Federal de São Paulo, estima-se que 5,7% dos brasileiros sejam dependentes de drogas, índice que representa mais de 8 milhões de pessoas. Desse modo, com o objetivo de atender esses doentes, o Governo Federal mantém convênios com hospitais psiquiátricos e centros de atenção psicossocial. No entanto, a oferta de assistência ainda é limitada, devido ao crescente número de usuários nos últimos anos. Além disso, a falta de profissionais capacitados e a grande procura desse suporte, agravam a condição dos dependentes, visto que ao procurar apoio não encontram orientação, nem assistência para o tratamento.               Outrossim, como não é permitida no Brasil a internação compulsória, deve-se esperar pela iniciativa do próprio dependente químico para que procure ajuda, por isso a família tem um papel fundamental de orientar e encaminhar para o tratamento. Contudo, poucos são aqueles que reconhecem a necessidade de abandonar o vício, refletindo diretamente no aumento da violência urbana e da criminalidade, principalmente relacionada ao tráfico de drogas.      Portanto medidas são necessárias para combater o impasse. O Ministério da Saúde, em conjunto com ONGs, deverá criar uma comissão composta por profissionais da saúde e governantes, com a finalidade de pesquisar e analisar a melhor destinação da verba pública, criando mais clínicas de recuperação e investindo melhor nas já existentes, a fim de que as pessoas, principalmente de baixa renda, possam receber uma reabilitação apropriada. Ademais, é preciso investir em prevenções a novas recaídas, com acompanhamento de profissionais especializados para que o indivíduo consiga lidar com situações de alto risco ou forte desejo de consumir a substancia, além de possibilitar a capacitação e inserção no mercado de trabalho.