Enviada em: 04/09/2018

O Brasil está enfrentando atualmente um crescimento no abuso de drogas que precisa ser lidado. Todavia, os países emergentes não podem se dar ao luxo de gastar os seus recursos na implementação de uma política de proibição eficiente dado que nem mesmo os países desenvolvidos, apesar de todos os seus recursos, têm sido capazes de fazê-lo.  O Brasil é um país subdesenvolvido, ou seja as coisas aqui são todas mais complicadas. A dependência química no Brasil é uma realidade que atinge um grande número de pessoas, pessoas essas que não são capazes de pagarem um tratamento para saírem dessa dependência.   Como um país subdesenvolvido, a maior parte das pessoas são pobres, e acabam sem nenhuma ajuda, não há muitas clínicas gratuitas, nem muitos suportes para as famílias, quem vira depende muitas vezes não consegue sair por não ter condições.   A implementação do controle através da legalização, por outro lado, é muito mais simples e a autofinanciável. O suposto aumento nos gastos com a saúde pública poderia ser facilmente coberto pela verba economizada com o fim do combate ao tráfico ostensivo (o orçamento para segurança pública no estado do Rio de Janeiro será de R$ 11,6 bilhões em 2016, mais de 14% do total, valor que é superado apenas pela saúde e educação) e com a diminuição do ineficiente e custoso sistema presidiário (um preso custa em média R$ 2.500 por mês, enquanto que um estudante universitário das instituições públicas custa menos de um terço desse valor – aproximadamente R$ 790 por mês).   Por isso, o país tem que investir em clínicas gratuitas ou algo que ajude essas pessoas dependentes de álcool e drogas a saírem dessa vida, poderem ter uma vida normal, como todos nós.