Segundo Platão: "O importante não é apenas viver, mas viver bem". Desse modo, a qualidade de vida tem tamanha importância de maneira que ultrapassa a da própria existência. Entretanto, quando se observa a deplorável condição que se encontra os dependentes químicos brasileiros, verifica-se que esse ideal não é uma realidade no Brasil. Diante disso, dois fatores de extrema importância que corroboram o problema devem ser analisados: o crescimento no abuso de drogas e os desafios enfrentados pelos programas reabilitação. Sendo assim, o Estado, para tentar resolver o impasse, criou várias leis que proíbem o uso de drogas sem recomendação médica, com o principal objetivo de diminuir os casos de dependência química entre cidadãos. Porém, isso não se mostrou eficaz, uma vez que, de acordo com o Ministério da Saúde, o número de internações por uso de drogas ilícitas mais que dobrou nos últimos 15 anos, além de acarretar diversas mortes por causa do tráfico e custar milhões para os cofres públicos com o orçamento da segurança contra as drogas. De forma semelhante, os programas de reabilitação e tratamento de dependentes químicos enfrentam muitos desafios até conseguir curar um usuário, como por exemplo: o excesso de números de casos, a falta de recursos e o aprisionamento do dependente, que na maioria das vezes o impede de receber um tratamento de qualidade. Desse modo, medidas são necessárias para corrigir a problemática. Diante dos argumentos supracitados, o melhor caminho para alcançar a vitória nessa questão é através da legalização controlada das drogas, onde a vende e compra de drogas se torna legal, mas sempre monitorada e controlada pelo Estado, evitando que os limites sejam passados. A legalização economizará milhões de reais do dinheiro público cortando gastos da luta contra o tráfico e do sistema presidiário, e parte desse dinheiro deve ser investido na infraestrutura e recursos dos programas de reabilitação, conquistando dessa forma o avanço da sociedade brasileira.