Enviada em: 30/01/2019

Na atual fase do capitalismo, a Financeira, percebe-se um descaso socio-ambiental cada vez maior. No Brasil, essa situação é refletida em desastres, como o rompimento da barragem de rejeitos de mineração nas cidades mineiras Mariana e Sobradinho. Nesse sentido, desenvolvimento industrial sem responsabilidade e lucro desenfreado se sobrepõem a vidas perdidas e danos ambientais irreparáveis.       Primeiramente, o dizer musicalizado de Renato Russo: "nos deram espelhos e vimos um mundo doente" evidencia com exatidão a realidade mercenária do país. Visto a falsa sensação de progresso social com o advento da industrialização brasileira, pois o lucro se concentra nas mãos de grandes empresários e a massa operária permanece economicamente estagnada. Além disso, essa mão de obra é simplesmente substituída quando não é mais útil, geram-se, assim, mazelas sociais crescentes.       Outrossim, na liquidez da sociedade moderna, postulada pelo sociólogo  Zygmunt Bawman, vê-se a busca pelas futilidades materiais e ignorância de valores sociais. Concomitante no pensar do filósofo Thomas Hobbes: "o homem é o lobo do homem", nota-se a falta de humanidade na ganância dos privilégiados. Nesse contexto, políticos vetam propostas de preservação ambiental e de defesa da vida, em razão de negociações empresariais corruptas. Esse ciclo vicioso destrói famílias, fauna e flora, postas as dezenas mortes e destruição hídrica e geográfica geradas.       Logo, para cessar essa "roleta-russa", na qual não importa quem morra, desde que se obtenha lucro, é necessário que a população, por meio do constitucionalmente previsto plebiscito, interfira diretamente impondo a vontade da maioria em favor de medidas cessantes dessa realidade enferma, líquida e feroz. Inativação de barragens perigosas e limites para exploração ambiental eficazes colaboram nesse propósito. Assim, teremos uma nação com maior respeito à vida ao meio ambiente, pois esses são de maior importância social que lucros exacerbados e alienantes.