Enviada em: 29/03/2019

Infelizmente, no Brasil e no mundo, desastres ambientais inúmeros revelaram, ao longo da história, que a humanidade ainda não sabe aliar a consciência ambiental ao progresso. Se já no século XVIII, a era aurífera brasileira, escravos e trabalhadores livres extraíam toneladas de ouro em Minas Gerais e lançavam em rios os metais pesados utilizados, hoje em dia, proporcionalmente, a tecnologia avançada e a ganância humana, aliadas, potencializam o uso desenfreado da natureza para fins lucrativos, o que pode gerar consequências como perdas humanas  e de biodiversidade.  Embora pesarosos, casos como o de Mariana e de Brumadinho, cidades mineiras, devem ser relembrados para que não se repitam. Neles, a ganância de empresas mineradoras levou ao rompimento de barragens que continham rejeitos das extrações, lama e outras substâncias nocivas. Isso porque as companhias, ainda que conhecessem o risco de rompimento, optaram por não realizar obras de reparação nas barragens e, em consequência, otimizar os lucros. Por causa disso, porém, os dois rompimentos soterraram e mataram centenas de trabalhadores e moradores da região, além de deixar desabrigados e devastar  porções da Mata Atlântica, possuidora de flora e fauna únicas. Paralelamente, no livro O Senhor dos Anéis, de J.R.R.Tolkien, o mago Saruman derruba centenárias árvores da Floresta de Fangorn para alimentar a produção bélica que almeja, ao que tem os planos frustrados pelos Ents, protetores das florestas. Na realidade, contudo, a vilania contra a natureza dissemina-se até as últimas consequências. Na Inglaterra, em 1952, a elevada extração de combustíveis fósseis, como o carvão vegetal e mineral, não só custou a derrubada de milhares de árvores, mas também, com a fumaça gerada na queima deles em fábricas, acarretou na estagnação do tóxico ar em baixas camadas atmosféricas. Cerca de 12.000 pessoas morreram intoxicadas ou atropeladas devido à baixa visibilidade, e, sem dúvidas, as espécies vegetais foram impactadas, já que a menor disponibilidade de luz diminui a taxa fotossintética delas. Nesse sentido, países como o Brasil  também podem passar por semelhante situação caso poluam excessivamente.   Dessa maneira, medidas devem ser adotadas para diminuir os efeitos da escassa consciência ambiental social. Primeiramente, órgãos como o ICMBio - Instituto Chico Mendes de Biodiversidade e o Ministério do Meio Ambiente devem realizar visitas a escolas e comunidades a fim de, por meio de palestras e discussões grupais, ampliar a consciência ecológica nos diversos segmentos da sociedade. Ademais, é necessário que esses mesmos agentes, aliados às empresas do ramo extrativista, ampliem as verbas destinadas à preservação ambiental e à diminuição dos riscos à vida humana, animal e vegetal. Dessa forma, a sustentabilidade juntar-se-á ao progresso para o verdadeiro avanço mundial.