Enviada em: 19/07/2019

O importante não é só viver, mas viver bem.” Segundo Platão, a qualidade de vida tem tamanha importância de modo que ultrapassa a própria existência. Entretanto, no Brasil, essa não é uma realidade, haja vista o desastre ambiental em Mariana e a necessidade de conciliar a consciência ambiental ao desenvolvimento econômico. Nesse contexto, o capitalismo e a negligência do poder público atuam como os principais agravantes e esse é um problema que precisa de solução.    A priori, é válido analisar que o sistema capitalista está ligado a produção em massa e consumo na mesma proporção. Com isso, o modelo econômico vigente baseia-se na exploração desenfreada e tem deixado um saldo de devastação penosa no meio ambiente. Em novembro de 2015, a barragem de rejeitos de minério rompida em Mariana (MG), além de danificar a natureza de modo irreversível comprovou a inexistência da consciência ambiental e, por conseguinte, a displicência com a qualidade com a qualidade de tal medida no país confrontando a ideia de Platão.    Ademais, vale ressaltar que conforme Immanuel Kant, o princípio da ética é agir de forma que essa ação possa ser uma prática universal. Desse modo, a falta de fiscalização do Governo referente ao cumprimento de leis e normas ambientais facilita a reincidência de desastres ambientais tais como o de Mariana e contrasta a ética Kantiana dado que, se todas empresas considerando a ausência de fiscalização e consequentemente a punição, gerassem desastres ambientais seria impossível viver no Brasil. Logo, torna-se contestável a atitude do poder público em negligenciar a fiscalização do acatamento das leis   Posto isso, é possível concluir que medidas são necessárias a fim de estimular a consciência ambiental com o propósito de evitar que o capitalismo ocasione mais desastres como o de Mariana. Sendo assim, é necessário que o Ministério do Meio Ambiente estabeleça um limite de devastação que proíba barragens e outros perigos ambientais, além de exigir que para devastar, mesmo que no padrão estabelecido, seja necessário a participação da empresa na manutenção de áreas já degradadas. Outrossim, é desejável que o Governo invista em fiscalização para que assim possa haver punição a quem descumprir as normas. Com efeito de tal medida, a qualidade de vida será restaurada no país, dada a meticulosidade ambiental.