Enviada em: 10/04/2019

Impunidade. Massacre. Adulteração. Corrupção. Indiferença. Essas são algumas constantes que permeiam a discussão sobre a calamidade ocorrida no município de Brumadinho e a circunspecção da recidiva das violações ambientais brasileiras. Assim, mesmo com todo o desenvolvimento social e tecnológico presente, os delitos ambientais ainda são muito mais comuns e ilógicos do que parecem. Nesse sentido, percebe-se a alta presença da impunidade e da corrupção generalizada.    Nesse contexto, é importante salientar que a falta de punição é o fator essencial e a base de sustentação da recorrência das catástrofes ambientais, como as causadas pela Vale do Rio Doce. Segundo a revista Veja, a impunidade no desastre de Mariana foi tão grande que a Vale nem se preocupou com as irregularidades de suas outras barragens, causando a evitável tragédia de Brumadinho, menos de quatro anos depois. Torna-se claro, à vista disso, que não se pode combater os crimes ambientais sem atacar, antes, a impunidade e a falta de fiscalização, que são seu suporte.   Ademais, outro grande fomentador dessa problemática é a corrupção sistemática, que, mesmo com tantas denúncias, ainda está impregnada, junto com a impunidade, nesses casos de crimes ambientais. De fato, como disse o lendário ex-primeiro-ministro Winston Churchill: ''Povo passivo, corrupção ativa''. Com isso, a população precisa ter melhor noção de sua força e, ativamente, exigirem e lutarem por seus direitos.   Fica evidente, portanto, que o combate à impunidade e a corrupção generalizada é imprescindível para a inibição dos crimes ambientais. Nesse sentido, faz-se necessário que o Governo, por meio do Ministério do Meio Ambiente, crie equipes federais de fiscalização, contratando especialistas e reguladores, para que nenhuma empresa tenha mais condições de  ludibriar falsificar dados importantes. Além disso, é preciso que a mídia, por intermédio de seu jornalismo, averigue e denuncie todos os casos de irregularidades ambientais, para que seus participantes sejam punidos e constrangidos publicamente. Só assim, os crimes ambientais diminuirão.