Enviada em: 17/04/2019

Na década de 1770, o mundo teve contato, pela primeira vez, com o período da produção em larga escala e do consequente consumismo: a Revolução Industrial. Entretanto, o pouco conhecimento acerca do meio ambiente transformou o céu, antes azul, em cinza, além dos desmatamentos em massa e da inconsciente extração dos recursos naturais. Diferentemente dos burgueses do século XVIII, atualmente há discernimento suficiente para impedir a ocorrência de desastres como o de Brumadinho e quaisquer outros crimes ambientais.  Em primeiro lugar, a prevenção desses desastres deve ser feita por meio de intensa manutenção e análise de riscos. O rompimento da barragem em Mariana, o maior e mais gritante alerta que se poderia receber a respeito da segurança da mineração, foi subestimado e o resultado foi o ocorrido em Brumadinho. Assim, segundo a historiadora Emília Viotti da Costa, "um povo sem história é um povo sem memória. E um povo sem memória está fadado a cometer os mesmos erros do passado", portanto, é clara a importância de prevenir a reincidência do crime ambiental e assegurar a eficaz manutenção das imensas engenharias que afetam o bioma nacional.  Em segundo lugar, a prevenção dos crimes ambientais é efetivamente cumprida através da educação da população. Atitudes governamentais, como a mudança no código de mineração e da flexibilização na legislação ambiental, andam na contramão da consciência ecológica e expõem a despreocupação com a preservação do meio ambiente. O ambientalista e co-fundador do Greenpeace, Bob Hunter, afirmou que discursos como esse levam o mundo ao estado de autoflagelação, ou seja, as atividades extrativistas imprudentes e inconstitucionais levam o planeta e, consequentemente, a humanidade à autodestruição. Dessa forma, educar a população a agir de forma consciente, promovendo reciclagem, compostagem, coleta seletiva, entre outras práticas sustentáveis, influencia diretamente na ocorrência dos desastres ambientais.  Portanto, é necessário que o Estado enfatize a importância da frequente manutenção de obras como as de Marina e de Brumadinho, por meio da severa punidade às empresas que não cumprem com a obrigação de uma regular análise de erros ou que permitem o rompimento da barragem, a fim de diminuir a gravidade da ocorrência desses crimes ambientais. Além disso, é importante que as escolas invistam na educação ecológica da população, através de palestras e atividades lúdicas, como dança e teatro, que exponham a necessidade dos bons tratos à natureza, para que sejam construídas novas gerações mais cuidadosas com o meio ambiente. Com isso, será possível diminuir os desastres causados ao bioma mundial.