Enviada em: 01/06/2019

Desde o período colonial a mineração tem sido uma atividade lucrativa e responsável por aumentar o desenvolvimento econômico do Brasil, porém, também acarretou em alguns desastres ambientais. Em novembro de 2015, devido ao rompimento de barragens de rejeitos, ocorreu em Mariana o maior desastre ambiental, no campo da mineração, do mundo, com a lama chegando a se espalhar por seiscentos quilômetros. Não tão distante, em janeiro de 2019, novamente devido ao rompimento de barragens, ocorreu o maior desastre trabalhista do Brasil, resultando em aproximadamente quatrocentos mortos e trezentos quilômetros de inundação. Evidenciando a alta reincidência desses crimes ambientais, o que aumenta a preocupação quanto a destruição dos ecossistemas brasileiros. Tomando em conta os acontecimentos e sua frequência, é notória a displicência das empresas de mineração quanto às consequências geradas no meio ambiente. Ao entrar em contato com o solo, a lama já solidificada e rica em minérios empobrece-o e prejudica a sucessão ecológica do local, de forma que aquela região só se tornaria novamente uma comunidade clímax dentro de centenas a milhares de anos. Da mesma forma, a lama de rejeitos ao atingir rios causa o aumento da turbidez da água, que em grandes quantidades pode levar à destruição do ecossistema aquático. Em síntese, o rompimento de barragens é extremamente maléfico ao meio ambiente. Ao analisar a negligência das empresas em relação aos acontecidos, percebe-se a falta de fiscalização e manutenção das barragens, sobretudo, devido ao fato de que anteriormente ao acidente, profissionais e equipamentos de alarme comunicaram um possível rompimento. Assim, é possível ver o descaso, tanto das empresas no que diz respeito às consequências ambientais e sociais, quanto ao Estado na falta de fiscalização. Dessa forma, é necessária a preocupação do Estado quanto ao controle de barragens de rejeitos, isso, através do aumento da fiscalização e criação e efetivação de leis ambientais. Também é necessário