Enviada em: 14/06/2019

A minissérie americana “Chernobyl”, demonstra como a negligência do Governo da União Soviética, em relação à uma usina nuclear na Ucrânia, resultou na emissão de toneladas de radiação para a atmosfera e na morte de milhares de pessoas, de forma a quase ocasionar à dizimação de grande parte da população mundial. Infelizmente, o Brasil, devido à  problemas no sistema político ocorrem falhas burocráticas e de fiscalização, segue os mesmos passos em direção à ocorrência de desastres ambientais. Sendo assim, é necessária a profilaxia para que não existam filmes brasileiros com essa temática no futuro.       É válido considerar, antes de tudo, a politicagem como um fator para o despreparo das instituições estatais em fiscalizar os grandes empreendimentos. Visto que essas empresas financiam as campanhas para eleição de diversos políticos, elas adquirem influência nas decisões desses homens públicos. Com isso, os investimentos na contratação e na qualificação de profissionais para a realização da fiscalização é baixo, o que permite o descumprimento das leis com objetivo de aumentar os lucros. Esse fato foi observado no desastre de Mariana que envolveu a empresa Samarco, na qual financiou a campanha de diversos políticos.        Cabe apontar também a impunidade como causa da reincidência desses crimes ambientais. A partir das falhas de fiscalização e o projeto das empresas de adquirirem lucro acima de tudo, os desastres ambientais são cada vez mais frequentes. Desse modo, inicia-se o processo para punir esses crimes, no entanto pelo fato de as leis brasileiras possuírem diversas brechas quando o sujeito da ação são grandes Empreendimentos, as punições são lentas e brandas. Sendo assim, não impede a ocorrência de novos desastres pelas mesmas empresas, com foi o caso de Brumadinho.        Fica claro, portanto a necessidade de uma reformulação no sistema político brasileiro. Desse modo, com os escândalos que resultam desses crimes a população deve exercer pressão sobre o legislativo, por meio da presença nos momentos de votações, para que esses políticos ao serem pressionados criem leis severas em relação às grandes empresas. Somente assim, elas se sentiram pressionadas à aplicar às medidas de segurança necessárias para evitar novos desastres. Ademais, o Ministério Público deve investir na fiscalização, para contratar profissionais eficientes e preparados. Dessa forma, o Brasil não será mais um roteiro pronto de filmes sobre desastres ambientais e humanos.